ENTENDA TUDO SOBRE A PROFILAXIA PRÉ EXPOSIÇÃO (PrEP)
A Profilaxia Pré-exposição
(PrEP) ao vírus da imunodeficiência humana, o HIV, é uma estratégia de
prevenção que envolve a utilização de um medicamento antirretroviral (ARV), por
pessoas não infectadas, para reduzir o risco de aquisição do HIV através de
relações sexuais. O medicamento ARV irá bloquear o ciclo da multiplicação desse
vírus, impedindo a infecção do organismo.
Há duas formas principais de
PrEP: a PrEP Oral em forma de comprimido e a PrEP Tópica em forma de gel. Os
resultados iniciais dos ensaios clínicos de PrEP Oral indicam que essa
estratégia de prevenção pode ser extremamente útil para a mudança de cenário
necessária no combate a infecção pelo
vírus HIV.
A PrEP Oral baseia-se no uso
de medicamentos ARV para a prevenção da aquisição do HIV e sua eficácia parcial
foi demonstrada entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e heterossexuais.
Intervenções de prevenção biomédica, como a PrEP, têm um grande potencial,
especialmente se combinadas a testagem anti-HIV ampliada (mensal ou
trimestral), diagnóstico e vinculação ao tratamento daqueles identificados como
infectados pelo HIV.
Medicamento por via oral que será ofertado para o PrPEP
O Truvada combina dois
tipos de antirretrovirais (tenofovir e emtricitabitina). O tratamento de PrEP é
feito quando alguém não infectado toma o remédio todos os dias, para evitar que
o vírus HIV se instale em seu corpo em caso de exposição. Quando tomado
diariamente, o medicamento já demonstrou ter altíssima eficácia – segundo dados
da Organização Mundial da Saúde (OMS), a PrEP diminui em até 92% o risco de
infecção.
A estimativa do
Ministério da Saúde é de que 10 mil pessoas tenham acesso ao medicamento no
primeiro ano. “O remédio deverá ser ofertado em serviços especializados do SUS
para populações com risco acrescido, como travestis, homens que fazem sexo com
homens, transexuais e profissionais do sexo”, explicou o Ministério, em nota à
imprensa.
Vale lembrar que o
tratamento de PrEP com Truvada não equivale a tomar o remédio esporadicamente –
para conseguir a eficácia prometida, o paciente deve tomá-lo todos os dias, e
fazer acompanhamento com profissionais de saúde regularmente a cada três meses,
numa rotina similar à de pessoas soropositivas. Estudos já demonstraram que a
eficácia desse tratamento é reduzida quando tomado, por exemplo, apenas antes e
depois de relações sexuais.
Quem pode participar?
1.Homens
que fazem sexo com homens (HSH), travestis e mulheres transexuais;
2.Ter
idade igual ou superior a 18 anos;
3.Não
ser infectado por HIV;
4.Ser
disposto e capaz de fornecer consentimento livre e *esclarecido* por escrito;
5.Possuir
qualquer uma das seguintes evidências de risco para aquisição de infecção pelo
HIV:
*Ter
praticado sexo anal sem preservativo com 2 ou mais homens ou mulheres
transexuais nos últimos 12 meses; ou
*Ter
dois ou mais episódios de sexo anal com pelo menos um parceiro HIV+ nos últimos
12 meses; ou ter
praticado sexo com um homem ou mulher transexual e possuir diagnóstico de
qualquer uma das seguintes doenças sexualmente transmissíveis nos últimos
12
meses: sífilis, gonorreia retal ou infecção por clamídia no reto.
OBS: Consentimento
Livre e Esclarecido – Documento que o participante de pesquisa assina e data
por concordar em participar voluntariamente e antes que qualquer procedimento
do estudo seja realizado. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
contém todas as informações necessárias que o participante deve e precisa saber
sobre o estudo qual irá participar. Informações como os objetivos, duração do
estudo, medicamentos que serão utilizados, além dos riscos, benefícios,
direitos e papel dos voluntários durante a pesquisa.
Para dar base à decisão
de incluir o antirretroviral em sua lista de medicamentos gratuitos, o
ministério financiou dois estudos de PrEP no Brasil, que estão sendo conduzidos
pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e pela Fundação
Oswaldo Cruz. Para Zarifa Khoury, infectologista do Instituto Emílio Ribas, a
medida anunciada pelo ministério é positiva e necessária. “Até hoje, a
camisinha sempre foi a única forma de prevenção, mas, claramente, não atende a
todos. Tanto não atende que a epidemia não parou de se alastrar. Há algumas
pessoas que não conseguem usar o preservativo em 100% das situações e, para
eles, a PrEP é necessária. A ideia é que ela seja associada ao uso da camisinha.
”
Com a publicação no diário
oficial da união em 29/05/2017, a PrEP deverá passar a ser distribuída em até 180
dias na rede pública de saúde.
De acordo com o
ministério, o Brasil é o primeiro país da América Latina a adotar a estratégia
como política de saúde pública. A PrEP já é utilizada em nações como Estados
Unidos, Bélgica, Escócia, Peru e Canadá, onde é comercializada na rede privada,
além de França e África do Sul.
O investimento inicial
do governo brasileiro será de US$ 1,9 milhão para a aquisição de 2,5 milhões de
comprimidos. A quantia deve atender a demanda pelo período de um ano.
Acesse o link abaixo para ter acesso ao diário oficial da união, onde consta a publicação quanto a distribuição do uso da PrEP.
Fontes:
www.pesquisa.in.gov.br
www.ladobi.uol.com.br
www.agenciabrasil.ebc.com.br
www.prepbrasil.com.br
@jeangoncalves
www.pesquisa.in.gov.br
www.ladobi.uol.com.br
www.agenciabrasil.ebc.com.br
www.prepbrasil.com.br
@jeangoncalves

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