ESQUISTOSSOMOSE, parasitose oportunista em pessoas com o vírus HIV/AIDS

A ESQUISTOSSOMOSE é uma das doenças tropicais mais abrangentes do mundo. Causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni, é considerada endêmica no Brasil, acometendo cerca de 6 milhões de indivíduos. 

A magnitude de sua prevalência, associada à gravidade das formas clínicas e a sua evolução, conferem a esta parasitose uma grande relevância como problema de saúde pública. O homem é considerado o hospedeiro definitivo e abriga os parasitos adultos, os quais habitam os vasos mesentéricos. Contudo, o ciclo biológico do S. mansoni também depende da presença do hospedeiro intermediário no ambiente. Os caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidae e gênero Biomphalaria, são organismos que habitam coleções de água doce, os quais possibilitam a reprodução assexuada do helminto.

O contágio ocorre principalmente em comunidades rurais, lagoas, açudes e áreas de irrigação de lavoura, estando intimamente relacionada com precárias condições higiênicas e inadequados recursos sanitários. O indivíduo contaminado elimina nesses ambientes, juntamente com as fezes, ovos caracterizados pela presença de uma espícula lateral. Eles conseguem sobreviver por um período de 24 horas (nas fezes líquidas) até 5 dias (nas fezes sólidas). Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam uma larva ciliada denominada miracídio. Acredita-se que existe certa atração dos miracídios em relação aos moluscos, mais precisamente do gênero Biomphalaria. Além disso, a capacidade de penetração no caramujo é fortemente influenciada por temperaturas mais elevadas. Posteriormente, dentro do hospedeiro, o miracídio sofre uma série de transformações estruturais e anatômicas como perda de glândulas de adesão e penetração, do epitélio ciliado, do terebratorium (papila apical na extremidade anterior) e do sistema nervoso. Ao final, transforma- -se no esporocisto que apresenta células germinativas ou reprodutivas envoltas por um saco de paredes cuticulares. A partir dessa fase, o esporocisto passa pelas fases primária, secundária e terciá-ria, as quais sofrem alterações morfofisiológicas até a eliminação do parasito na forma de cercária. Estima-se que o Biomphalaria elimina em média 4000 cercárias/dia. O contato com águas contaminadas por cercárias é o fator predisponente para a infecção e facilita a penetração ativa da larva pela pele e mucosa. Em geral, o período de incubação é de 2 a 6 semanas após a infecção, que corresponde à fase de penetração das cercárias, seu desenvolvimento, até a instalação dos vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo. Nesse período, em raras ocasiões, há relato de sintomas como: astenia, cefaleia, anorexia, mal estar e náuseas. A evolução clínica da esquistossomose mansônica depende da resposta imunológica do hospedeiro à invasão, ao amadurecimento e à oviposição do helminto. Existem evidências de que certo grau de resistência à esquistossomose se faz presente na maioria dos indivíduos expostos em áreas hiperendêmicas, embora esse mecanismo não esteja perfeitamente esclarecido. Em relação ao quadro clínico, trata-se de uma doença inicialmente assintomática na maioria dos indivíduos infectados. Contudo, pode evoluir para formas clínicas extremamente graves e levar o paciente ao óbito. Clinicamente, a esquistossomose pode ser classificada em fase aguda e crônica. 

Na fase aguda, os principais sinais e sintomas são: enterocolite, granulomas hepáticos, febre, sudorese, calafrios, diarreia com má absorção e emagrecimento, hepatoesplenomegalia discreta e eosinofilia. 

Na fase crônica pode ocorrer desconforto abdominal intenso, diarreia mucos sanguinolenta, tenesmo  (vontade constante de evacuar, apesar do reto esta vazio), e alterações hepáticas e esplênicas mais intensas. 

Nos casos mais graves da fase crônica, o estado geral do paciente é agravado, com intenso emagrecimento, fraqueza e ascite (barriga d'água). 

No indivíduo com HIV/AIDS, soma-se a esse quadro a maior probabilidade de complicações como fibrose hepática, hipertensão portal (aumento anormal da pressão sanguínea na veia porta - a veia de grande calibre que transporta sangue do intestino ao figado, e suas ramificações), insuficiência hepática grave, hemorragia digestiva e cor pulmonalle (uma forma de insuficiência cardíaca), O óbito ocorre como consequência do comprometimento dos órgãos secundá-rios ao depósito ectópico dos ovos.

                        Fonte: Sociedade Brasileira de Clinica Médica  / @jeangoncalves

Comentários

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