Surto de hepatite A e a heteronorma médico-sanitária
Por Dr. Carué Contreiras - Médico Sanitarista
13/07/2017 - O surto mundial de hepatite A em homens gays e bissexuais expõe a negligência das instituições médicas e de saúde pública em garantir os direitos em saúde dessa minoria. O Brasil e outras partes do mundo foram pegos de surpresa: doentes e mortos. Mas isso não era inevitável.
Países como os Estados Unidos já indicam a vacina de hepatite A a gays e bissexuais, por entender sua vulnerabilidade a essa doença que, como se sabe, pode ser fatal quando adquirida na idade adulta. Mas isso não é apenas um avanço técnico. Tal reconhecimento exige conquistas politicas prévias: entender LGBT como sujeitos plenos de direitos civis e sanitários, o que permite reconhecer as práticas sexuais anais como legítimas e considerá-las com objetividade científica.
A documentação da epidemia no grupo também foi retardada pelo fato de o monitoramento estatal de epidemias ser cego para agravos de saúde específicos LGBT. Os documentos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, ferramentas de monitoramento de doenças na população, não colhem informação sobre a orientação sexual ou identidade de gênero. Foi a experiência internacional que guiou a ação estatal frente a este surto.
A negligência para com a saúde dos homens gays e bissexuais não é assunto somente de políticas públicas – a produção de ciência a divulgação do conhecimento pelas sociedades médicas são também heteronormativas.
Um exemplo contundente é o manual de infecções sexualmente transmissíveis (IST) do Ministério da Saúde, que não discute proctites (infecções anais) por gonorreia ou clamídia. A lacuna reflete a ausência desta discussão no meio médico brasileiro, como fica patente ao se comparar dois importantes congressos de IST que ocorrerão semana que vem, no Rio de Janeiro. O Internacional conta com ampla programação sobre saúde anal de homens gays e bissexuais. Já o Brasileiro, não.
Irônico é que uma grande conquista para a saúde anal dos futuros adultos gays – a recente extensão da vacina contra HPV aos meninos – não tenha sido motivada pela consideração à saúde LGBT, mas pela necessidade de proteção indireta ao colo de útero das meninas, cujas taxas de vacinação caíram muito após boatos de efeitos colaterais na internet.
A heteronorma médico-sanitária é o pano de fundo desse surto e conceito necessário para revelar a dimensão política e social de adoecimentos e mortes que, de outra forma, seriam encarados como fenômenos naturais.
Países como os Estados Unidos já indicam a vacina de hepatite A a gays e bissexuais, por entender sua vulnerabilidade a essa doença que, como se sabe, pode ser fatal quando adquirida na idade adulta. Mas isso não é apenas um avanço técnico. Tal reconhecimento exige conquistas politicas prévias: entender LGBT como sujeitos plenos de direitos civis e sanitários, o que permite reconhecer as práticas sexuais anais como legítimas e considerá-las com objetividade científica.
A documentação da epidemia no grupo também foi retardada pelo fato de o monitoramento estatal de epidemias ser cego para agravos de saúde específicos LGBT. Os documentos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, ferramentas de monitoramento de doenças na população, não colhem informação sobre a orientação sexual ou identidade de gênero. Foi a experiência internacional que guiou a ação estatal frente a este surto.
A negligência para com a saúde dos homens gays e bissexuais não é assunto somente de políticas públicas – a produção de ciência a divulgação do conhecimento pelas sociedades médicas são também heteronormativas.
Um exemplo contundente é o manual de infecções sexualmente transmissíveis (IST) do Ministério da Saúde, que não discute proctites (infecções anais) por gonorreia ou clamídia. A lacuna reflete a ausência desta discussão no meio médico brasileiro, como fica patente ao se comparar dois importantes congressos de IST que ocorrerão semana que vem, no Rio de Janeiro. O Internacional conta com ampla programação sobre saúde anal de homens gays e bissexuais. Já o Brasileiro, não.
Irônico é que uma grande conquista para a saúde anal dos futuros adultos gays – a recente extensão da vacina contra HPV aos meninos – não tenha sido motivada pela consideração à saúde LGBT, mas pela necessidade de proteção indireta ao colo de útero das meninas, cujas taxas de vacinação caíram muito após boatos de efeitos colaterais na internet.
A heteronorma médico-sanitária é o pano de fundo desse surto e conceito necessário para revelar a dimensão política e social de adoecimentos e mortes que, de outra forma, seriam encarados como fenômenos naturais.
Fonte: http://agenciaaids.com.br - @jeangoncalves - 18/07/17 - 00h00
Obter uma cura para o HIV é um conceito poderoso, muitas vezes falado como o Santo Graal da pesquisa do HIV. Embora os fármacos anti-HIV efetivos tenham transformado o HIV em uma condição gerenciável crônica - uma condição em que vives, em vez de morrer -, a terapia ao longo da vida é uma proposição muito diferente para ser definitivamente curada.
ResponderExcluirEu coloco a toda a raça humana que existe uma cura acessível e vendável do HIV que funcionou bem como colocaria a erradicação global de novas infecções por HIV ao alcance, ao mesmo tempo que transformaria a vida daqueles que agora viviam com o vírus.
Dada a eficácia deste medicamento tanto no tratamento como na prevenção da infecção pelo HIV, digo a todos que lêem isso, que sou testemunha viva disso. Ao contrário de fraudadores e scammers online que irão te jogar e deixá-lo frustrado com a perda de dinheiro e esperança, essa droga custa menos e vale a pena tentar.
Se você está interessado em curar sua própria doença,
Abaixo está o link de comunicação do médico que possui o novo medicamento que recebi que me deu cura.
Dr. Hazim Usman. Você pode enviá-lo por e-mail (usmandrhazim@gmail.com) ou o que ele está no telefone +2348154641673 CUIDADO DE SCAMMERS ONLINE